A energia térmica manterá o seu domínio no mix de geração de energia dos EAU entre 2023 e 2035, graças às extensas reservas de gás e petróleo do país, afirmou a GlobalData, uma empresa de dados e análise com sede em Londres, num novo relatório, segundo avançou o portal zawya.
No final do ano passado, a geração de energia térmica constituía quase 77,7% do mix total de geração de energia dos EAU.
A quota de capacidade instalada de energia térmica situou-se em cerca de 80,4% em 2023, enquanto a capacidade térmica a gás dominou o mix de capacidade energética com uma quota de 80,2%.
“Com a descoberta de novas reservas de hidrocarbonetos, os EAU planeiam investir fortemente em infra-estruturas de hidrocarbonetos e procurar desenvolver novas técnicas de produção”, disse Sudeshna Sarmah, Analista de Energia da GlobalData.
Actualmente, o país está a escolher novos locais para instalar novas infra-estruturas e a procurar métodos não convencionais para a produção de hidrocarbonetos, acrescentou Sarmah.
Em 2023, o gás era a tecnologia dominante, representando 99,8% da capacidade térmica. O petróleo e o carvão contribuíram com cerca de 0,1% cada, respetivamente.
Espera-se que a capacidade cumulativa de energia térmica aumente ainda mais para 46,1 gigawatts (GW) até 2035, de 41,2 GW em 2023, aumentando a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 0,9% durante o período.
A maior parte do aumento na capacidade é esperada na energia térmica baseada em gás, e não no petróleo, cuja capacidade deverá permanecer quase inalterada, acrescentou Sarmah.
Os EAU pretendem tornar-se auto-suficientes no fornecimento de gás até 2030, após a descoberta de mais reservas de hidrocarbonetos onshore. No entanto, o relatório afirma que depende da importação de gás para centrais eléctricas e centrais de dessalinização de água.