Em declarações à ANGOP, o director do projecto, Rui Bastos, fez saber que já estão armazenados 46 mil painéis solares, bem como feitos 220 furos, onde pousarão os painéis, pelo que “até Dezembro concluímos a primeira fase que vai disponibilizar 25 megawatts para reforçar a rede de distribuição”.
Neste momento, indicou, decorrem os trabalhos de instalação de placas fotovoltaicas, que vão servir para transferência de energia.
De acordo com o responsável da empresa Saipem, o projecto, que emprega 230 funcionários, vai aumentar a produção de energias renováveis, contribuindo na redução do défice energético em Angola.
A Central Fotovoltaica de Caraculo vai permitir a redução de consumo de gasóleo para as centrais térmicas e, nomeadamente, a diminuição das emissões do dióxido de carbono.
A mesma terá a capacidade total de 50 megawatts-pico, a ser implementada em duas fases, sendo a primeira de 25 megawatts e vai melhorar as condições de vida das populações e alavancar o ambiente de negócios, com a criação de condições energéticos, com destaque para as províncias do Namibe e Huíla.
O mesmo vai ajudar na redução do consumo de gasóleo para as centrais térmicas, onde o Namibe é maioritariamente sustentado por estas centrais para o fornecimento de energia, assim como a emissão de gases com efeito de estufa, conforme afirmou o responsável.
De sublinhar que o investimento de cerca de 42 milhões de dólares terá um período de vida útil de 25 anos.
Segundo a fonte do Portal Angop, com o arranque desta central espera-se uma poupança de cerca de 28 milhões de dólares na substituição de energias renováveis pelo gasóleo que alimenta as centrais térmicas, na primeira fase da central fotovoltaica do Caraculo.
Toda a tecnologia que está a ser montada neste projecto é da China e Europa.
Importa realçar que nesta zona do Caraculo vivem mais de dez mil habitantes, na sua maioria criadores de animais como gado bovino e caprino e pequenos camponeses que se dedicam ao cultivo de hortícolas e cereais para o seu sustento.