Liderar com Paixão

Eva Rosa Santos, fundadora Liderança Feminina e da Comunidade Recursos Humanos, começa seu artigo adaptado a questionar, liderar com paixão, com emoção, com sentimento é algo em que acredita? Ou simplesmente age de forma racional?

Eva, referenciou que, paixão, segundo a Wikipédia, é um termo que designa um sentimento muito forte de atracção por uma pessoa, objecto ou tema. A paixão é intensa, envolvente, um entusiasmo ou um desejo forte por qualquer coisa. O termo também é aplicado com frequência para designar um vívido interesse ou admiração por um ideal, causa ou actividade. Em suma, é um sentimento intenso.

Quando aliamos a paixão à liderança, qual o resultado que procuramos? Ou melhor, procuramos algum resultado ou, simplesmente, viver a liderança de forma intensa?

Se assim for, o que é isto de viver intensamente a liderança?

Creio que é ter consciência do impacto que se tem na vida daqueles com quem trabalhamos diariamente, permitindo ter uma postura ética, justa, equilibrada, apaixonada, compromissada com o que fazemos.

Nada de muito complexo, gerir de forma adequada, mas suficientemente apaixonante. Uma contradição? Não creio. Estar apaixonado por algo é possuir um sentimento profundo por qualquer coisa, actividade, ideal, causa. Neste caso, pelo trabalho que realiza, pelas pessoas que lidera, pelos objectivos que pretende alcançar.

Trabalhar numa organização seria mais ou menos assim. Mas e se não trabalhar numa organização? Se for o dono do seu negócio? Então, diria que a paixão deverá ser ainda mais forte, há um propósito naquilo que se faz e, certamente, que sente uma paixão por aquilo que é seu. Certo?! De resto, nada muda! Foco, resiliência, objectivos, retorno do investimento, resultados. O mesmo processo que poderá ser aplicado para qualquer situação que envolva líderes e liderados.

Liderar implica fazer com que as pessoas com quem interage e que dependem de si, concretizem os objectivos que lhes são propostos de forma espontânea e motivada.

Mas atenção porque quando esse sentimento passa para os extremos, quando deixa de se ouvir a razão e simplesmente pensa-se cegamente em si, em conquistar e alcançar os seus resultados, sem consideração, sem ética, sem princípios… poder-se-á dizer que esta paixão se tornou quase que tóxica, negativa e será uma questão de tempo para que o próprio líder fique corrompido pelo sentimento destrutivo, arruinando tudo e todos à sua volta.

Em tudo o que fazemos, deve existir um equilíbrio que permita potencializar as competências do líder e, consequentemente, fazer com que os liderados se desenvolvam e se sintam envolvidos no processo, permitindo então alcançar resultados extraordinários.

Liderar com paixão é conseguir canalizar este sentimento tão forte e torná-lo real, concretizável no dia-a-dia através de uma liderança positiva, justa e de sucesso para si e para os que o rodeiam.

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