Um total de 331 projectos foram financiados na província de Benguela, no âmbito do Programa de Apoio à Produção Nacional, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), com um investimento superior a 273 mil milhões de kwanzas, segundo avançou o J.A Online.
O acto de apresentação dos resultados aconteceu ontem, numa cerimónia que reuniu cerca de 200 participantes, entre empresários locais e representantes do Ministério da Indústria e Comércio.
De acordo com o director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico e Empresarial de Benguela, Samuel Maleze, os financiamentos impulsionaram actividades nos sectores da agricultura, indústria, pescas, produção de sal e prestação de serviços, contribuindo de forma significativa para o crescimento económico da região e para a criação de postos de trabalho.
“Este é um reflexo positivo da implementação do PRODESI em Benguela. Os financiamentos, através do Aviso 10 do PAC, do Alívio Económico e das linhas de microcrédito, permitiram alavancar projectos em áreas estratégicas da nossa economia”, afirmou o responsável.
Samuel Maleze destacou que o PRODESI assenta em cinco pilares fundamentais, nomeadamente o apoio ao crédito, formação e capacitação, apoio ao mercado interno (com a realização de feiras e outras iniciativas para o escoamento da produção), apoio à exportação e assistência técnica aos empreendedores.
Reavaliação de projectos
Sobre o acompanhamento dos empresários beneficiados, o director referiu que há um quadro regular de monitoria conduzido pelo INAPEM, pelas entidades financiadoras e pelo Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado.
“Embora tenhamos um desempenho financeiro aceitável, identificámos situações que requerem reavaliação. Cerca de 20 a 25% dos projectos apresentam algum tipo de constrangimento. Estamos a trabalhar para evitar o surgimento de crédito malparado”, esclareceu.
Segundo o responsável, todos os 331 projectos continuam activos, embora alguns careçam de reforço técnico ou redireccionamento estratégico para garantir a recuperação e a sustentabilidade das actividades.
Questionado sobre os efeitos práticos dos investimentos na vida das famílias, especialmente num contexto de aumento do custo de vida, Samuel Maleze reconheceu os desafios, mas sublinhou a importância de capacitar continuamente os produtores e incentivar o uso de tecnologias mais eficientes.