No quadro da visita de um grupo de cidadãos norte-americanos ao projecto “Escola Rural de Agroprocessamento Otchitanda Weza Temperos”, o responsável pediu mais facilidade no acesso ao crédito bancário e defendeu a abertura de linhas específicas de apoio à agricultura rural, segundo avançou o portal Angola Press.
Associado à falta de financiamento bancário, José de Castro aponta também as dificuldades no acesso à insumos agrícolas, assim como o desassoreamento, isto é, remoção de areia, lodo e outros sedimentos do fundo de rios e lagos.
A propósito do tema, o representante residente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Pietro Tiogo, numa visita efectuada em 2022 a “Escola Rural de Agroprocessamento Otchitanda Weza Temperos”, disse que a carteira de crédito desta estrutura financeira em Angola ronda a mil milhões de dólares (um dólar vale Kz 828,514).
Segundo o mesmo, parte considerável deste valor cobre o sector agrícola, sendo que o remanescente é cabimentado a projectos ligados a energia eléctrica, ciência e tecnologia, pesca, transportes, finanças e governação.
“Além disso, estamos a preparar um pacote de financiamento para 2024. Estamos a dialogar com as autoridades angolanas para alinhar as prioridades do país. A ideia é ir adicionando a carteira de crédito”, sublinhou o responsável naquela altura.
Segundo o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), 92 por cento da produção do campo é dominada pela agricultura familiar, porém grande parte do produto estraga no campo por falta de políticas para o escoamento.
Como alternativa, o IDA aponta a criação de créditos bancários a pequenos agricultores, um apoio que envolve a atribuição de camiões para o transporte de produtos do campo para os principais focos de consumo.
De acordo com a Federação dos Camponeses, “a produção nos campos de cultivo em Angola é bastante considerável, exigindo medidas acertadas de escoamento.”