O maior evento sobre gestão de projectos, Conferência do PMI Angola Chapter, começou nesta manhã de terça-feira (12), numa das unidades hoteleiras de Luanda em formato presencial e via zoom, com mais de 400 participantes.
A abertura da sessão conferencial foi feita pelo Presidente do PMI Angola, Fernando Romero, onde fez uma apresentação dos objectivos PMI Angola e os grandes impactos que tem causado no seio dos membros e voluntários, bem como em Angola.
Após a apresentação do PMI Angola, seguiu-se a 1ª sessão de palestras, com o tema Economia Digital/ Economia Verde.
Neste ponto foi desenvolvido o primeiro sob tema que é “Os desafios da gestão da mudança na economia digital”, pelo orador Zicu Quarta.
Zico Quarta avançou que a economia digital é uma oportunidade que Angola e outros países africanos têm de aprender a figital, que é a junção do físico e digital, para ajudar no crescimento da economia.
O orador citou ainda alguns projectos do país, que já apostaram na economia digital como é o caso do Sócia pela Kubinga, Tupuca, o É kwanza pela Unitel e o Rei da Pitaya (Agromundo), que efectua a plantação da fruta com o digital e vende também pelo digital.
Para Zicu Quarta, tecnologia sem pessoas na há mudança, daí que a mudança deve estar nas pessoas.
“Devemos sempre centrar as mudanças nas pessoas que fazem acontecer a economia digital”. Afirmou
O orador disse ainda que Angola está abaixo da linha da economia digital, comparando com outros países africanos.
Para o segundo sob tema, foi a oradora Alda Manuel, que abordou sobre o Panorama energético e Acção para a promoção de uma economia em Angola.
Alda Manuel, começou por dizer que não há economia digital sem o desenvolvimento das energias.
De acordo com a oradora, para se ter um modelo da economia verde, é necessário que haja comportamento e decisões, e que a economia verde tem haver com distribuição e consumo.
Alda Manuel falou ainda de alguns caminhos a se ter em conta, para o país atingir a economia verde como , investimentos prioritários, objetivos nacionais, reformas políticas e reforçar a participação económica de Angola nos mercados globais.
Para a 2ª sessão tem reservado o tema Sustentabilidade e agilidade, com os sob temas:
A transformação Agile e os seus desafios para as organizações orador Vivaldo Zacarias e Sustentabilidade em projectos; desafios e perspectivas – orador Filipe Borges.
Já para a 3ª sessão Disrupção com Dárdanos Santos, pensamento disruptivo.
A 4ª sessão com o tema Transição energética , sob tema Azule energi, a gestão da transição energética em países em desenvolvimento -oradora Teresa DonGiovanni, deu um olhar atento na Transição energética , sob o tema a gestão da transição energética em países em desenvolvimento,e teve como oradora Teresa DonGiovanni, que falou sobre a gestão da transição energética em Angola-Gás Natural.
Começando a debruçar acerca do primeiro projecto de gás natural não associado no país o NGC- Quiluma e Maboqueiro.
De acordo com a oradora o projecto irá fornecer gás a central de Angola LNG e aumentará a produção de LNG para satisfazer as necessidades internas, assim como ajudar o desenvolvimento industrial do país.
Teresa DonGiovanni na sua apresentação, avançou ainda que estima-se que o projecto Q&M terá uma intensidade GHG de vida total de 12.6 TCO e q/kboe (o nível mais baixo no mercado mundial de FPSO 12.9 CO2/kboe será registado no FPSO Agogo).
O projecto desempenhará um papel importante no sector energético de Angola e impulsionará a estratégia de transição da Azule Energy.
Já para a 5ª sessão com o tema transformação digital, desenvolveu-se o sob tema A gestão da mudança e adaptação do digital pelos colaboradores nas organizações, com a oradora Esmeralda Viagem.
Para Esmeralda Viagem , gestão de mudança é o processo detalhado para lidar com grandes transições e é feito de forma manual.
Já a transformação digital é a escolha de uma organização entre sobreviver ou não, neste processo de transição recorrendo as novas tecnologias.
” A transição de mudança deve começar com os líderes, os mesmos devem aceitar a mudança de implementar novas ferramentas na organização”, frisou.
O momento serviu também para uma mesa redonda -Liderando a mudança: Mulher a impulsionar a transformação digital.
Para as painelistas, a liderança feminina na empresa, é semelhante a liderança de uma dona de casa.
Segundo as especialistas, as mulheres têm habilidade de se conhecerem e adaptarem habilidades em trabalhar com as equipas. E que a mulher como líder, deve sentar com as equipas não só para saber sobre trabalho, mas também para se inteirar sobre o estado psicológico de quem ela lidera.
Para a questão da liderança feminina na era da digitalização, uma vez que o país ainda se debate com o nível de analfabetismo, uma das intervenientes disse que tudo começa-se em criar iniciativas que vão tocar na inclusão financeira, exemplo das contas simplificadas, isto no sector da banca.
O sob tema , Super Project Management: A inteligência artificial aumentando o potencial humano; explorando o impacto revolucionário da AI no sucesso dos projectos e na tomada de decisões, foi apresentado por Ivan Moreira.
De acordo com Ivan Moreira, a Inteligência Artificial é um mundo muito amplo, se usadas de forma inteligente podem mudar as nossas vidas.
O orador citou ainda algumas áreas da vida em que se faz o uso da AI, como saúde, educação, trabalho, imobiliária, comunicação, compra online, desporto e muitas mais.
“O gestor de projetos que não seguir a dinâmica da inteligência artificial hoje, amanhã pode ser qualquer outra coisa menos gestor de projectos”, disse Ivan Moreira.
Ao terminar o primeiro dia da conferência, foi abordado o sob tema, como compreender e abraçar novos futuros com a inteligência artificial – Orador Ricardo Vargas.
Começou por apresentar os considerados pais da AI, Geoffrey Hinton e Yann Lecun.
Para Ricardo Vargas não tem nenhuma área da vida que ficará isenta da inteligência artificial.
Segundo o orador, a inteligência artificial é positiva, olhando para o sector da saúde, ela está transformando o sector, tornando mais simples, mais rápido e mais barato.
Vargas afirmou ainda que a velocidade da inteligência artificial é muito rápida, se errar vai à uma velocidade rápida, se acertar também vai à uma velocidade rápida.
“A hora de usar a inteligência artificial é hoje, é agora”, alertou Ricardo Vargas.
Na ocasião foram entregues diplomas de reconhecimento, para algumas entidades empresarias.
A 7ª conferência do PMI Angola 2023, termina amanhã (13), com o Seminário Exclusivo do Ricardo Vargas, que liderou a Brightline Iniciative de 2016 a 2020 e foi director de gestão de projectos e infra-estruturas nas Nações Unidas, liderando mais de 1000 projectos humanitários e de desenvolvimento.
O seminário, é ideal para todos aqueles que estejam envolvidos em actividades que necessitem de rápida avaliação e tomada de decisão, nomeadamente, executivos, equipas de planeamento estratégico, planeadores de investimento, gestores de risco, líderes de transformação digital e gestores de projeto, para que respondam de forma eficiente às condições impostas pelo mercado e factores externos.