26 anos após o início do projecto, o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN) foi inaugurado nesta sexta-feira, 10 de novembro. Localizado no Municipio de Icolo e Bengo, no distrito de Bom Jesus, a infraestrutura está situada a 42 quilómetros da capital angolana.
Dr. António Agostinho Neto é o nome deste imenso aeroporto que finalmente viu a luz após 10 anos de obras. Inicialmente, o projecto era conduzido por uma parceria público-privada, mas em 2017, o governo angolano desfez essa parceria para permitir outras fontes de financiamento, especialmente vindos da China.
e facto, o custo total da obra foi de 2,5 mil milhões de euros, financiado por fundos públicos angolanos com a ajuda de um financiamento chinês de 1,2 mil milhões de euros. Este gigante de ferro poderá atingir uma afluência de 15 milhões de passageiros por ano.
Com este novo aeroporto, Angola também espera aumentar a sua atractividade turística, segundo o Ministro dos Transportes, Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas d’Abreu, que estima que “terá um papel fundamental no aumento do turismo e na promoção de Angola junto de potenciais investidores internacionais”.
Ricardo D´Abreu explicou que o arranque do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto vai obedecer a três fases, sendo num primeiro momento, a partir de Novembro, apenas para cargas, e posteriormente, no primeiro trimestre de 2024, o tráfego de passageiros domésticos, enquanto a última etapa contempla a operação de voos internacionais de passageiros.
Segundo o Ministro, já está em curso o processo de transferência de alguns meios e equipamentos operacionais do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro para o Dr. António Agostinho Neto.
Do mesmo modo, o governante destacou a criação de um órgão independente regulador, a Autoridade Nacional da Aviação Civil de Angola (ANAC), assim como da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) e da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA), além da transformação da TAAG de empresa pública à sociedade anónima.
Questionado sobre o maior desafio para manutenção do novo aeroporto, o ministro considerou que se prende com o capital humano, com o “know how” nacional.
Quanto à essa preocupação, o ministro considerou que há a necessidade de se criar uma nova geração nacional de especialistas na aeronáutica, com jovens criativos e competentes.
Para este objectivo, vários técnicos das distintas áreas afectas ao funcionamento do aeroporto já estão a ser capacitados para responderem aos grandes desafios que esta infra-estrutura apresenta.
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