O anúncio foi feito terça-feira, em Luanda, pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que falava à imprensa após o acto de assinatura do Contrato de Compra de Energia entre a Rede Nacional de Transporte (RNT) e o Consórcio Quilemba formado pela Total Energies (80%) e a petrolífera angolana Sonangol Pesquisa e Produção (20%).
Segundo o ministro, esta previsto o desenvolvimento de um projecto na zona da Quilemba, virado à construção de um parque fotovoltaico, com 35 megawatts, na primeira fase, e 45 megawatts, na segunda fase.
A partir desse parque, esclareceu, a RNT vai comprar a energia eléctrica, essencialmente, para as províncias da Huíla e do Namibe, onde ainda se utiliza grandes quantidades de gasóleo (diesel) para produzir electricidade.
João Baptista Borges referiu que o projecto Quilemba está em condições para iniciar o processo de construção do parque solar no Lubango.
Por seu turno o presidente e director-geral da Total Energies, Patrick Pouyanné, assegurou a entrada em funcionamento do projecto Quilemba, em 2024, prevendo investir 100 milhões de dólares.
Além da assinatura do Contrato de Compra de Energia, foi, igualmente, rubricado um Memorando de Entendimento entre os ministérios da Energia e Águas, Recursos Minerais, Petróleos e Gás e a Total Energies, visando explorar outros projectos de energias renováveis (energia solar, biomassa e hídrica).
Ainda avançou o Portal Angop, que de acordo com João Baptista Borges, esse projecto enquadra-se na transição energética do sector do petróleo, integrando-se na criação de uma economia de baixa emissões de carbono.
Recordou que esse acordo também visa concretizar o compromisso assumido pelo Governo de Angola, recentemente, garantindo uma penetração de 72% de energias renováveis na matriz energética nacional, ou seja, tornar a energia angolana cada vez mais limpa, barata e acessível para a maioria da população.